GUILHERME W. MACHADO O novo filme de David O. Russell – diretor que, para o desagrado de muitos, vem se consolidando como um dos nomes mais recorrentes do cinema americano – chega nos cinemas brasileiros com a expectativa lá em cima: vencedor de Melhor Filme Comédia, Melhor Atriz de Comédia e Melhor Atriz Coadjuvante no Globo de Ouro; vencedor na categoria de Melhor Elenco no SAG; e uma liderança de 10 indicações no Oscar, empatado com Gravidade. A mesma carência que o filme tem de falhas marcantes ele o tem de qualidades notórias. Sim, o novo trabalho de O. Russell não tem nada forte o suficiente para arrastá-lo para baixo, mas nada bom o suficiente para elevá-lo tanto assim. A começar pelo roteiro: uma decepção. O foco é exclusivo nos personagens e a trama é deixada totalmente de lado, optando por soluções fáceis e pouco eficientes. Difícil de engolir. Mesmo os personagens não foram tão magistralmente construídos a ponto de sustentar uma história tão rasa. É uma pena, pois e