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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Trama Fantasma (Paul Thomas Anderson, 2017)

GUILHERME W. MACHADO Por mais que ainda seja um filme sobre obsessões, Trama Fantasma quebra com o ciclo recente no cinema de PTA de filmes sobre a história americana, como eram os casos de Sangue Negro (2007), O Mestre (2012) e Vício Inerente (2014). E embora o próprio Anderson tenha traçado em entrevistas o paralelo de seu novo filme com Rebecca (1940), não consigo evitar enxergar um pouco mais de Vertigo (1958) nele: o homem que obsessivamente tenta reconfigurar a personalidade da mulher através do figurino.

Oscar 2018 - Previsão dos Vencedores

GUILHERME W. MACHADO Como é costume todo ano – mais pelo esporte que é a aposta em si do que pela consideração pelo prêmio, que nunca foi parâmetro pra nada – lanço aqui minhas apostas para os vencedores dessa edição do Oscar, que vai acontecer domingo que vem (dia 4). Tem anos que dá vontade de ser um pouco mais imprudente e escolher algumas categorias para fugir dos favoritos, e acho que essa edição é propícia pra isso. Talvez mais adiante na semana eu poste mais alguma coisa dando realmente minha opinião sobre os indicados (quem merece, não merece, quem deveria ser indicado, algum blábláblá assim), ou faça alguma lista, mas aqui fica apenas meu bolão:

Lady Bird (Greta Gerwig, 2017)

GUILHERME W. MACHADO Há uma escolha curiosa em Lady Bird que parece ser a de evitar a qualquer custo momentos de maior intensidade. Tudo bem que se há uma característica evidente desse cinema indie moderninho é a priorização da leveza, o trato suave e delicado mesmo quando se abordam assuntos pesados. O que intriga mesmo é entender o motivo que levou Greta Gerwig a criar esses momentos no roteiro apenas para negá-los depois na direção e montagem.

A Forma da Água (Guillermo Del Toro, 2017)

GUILHERME W. MACHADO Depois de uma sucessão de filmes que pareciam muito mais preocupados em explorar tonalidades visuais, é estranho que Del Toro entregue um filme tão menos intenso e inventivo naquilo que lhe é mais caro como cineasta: a forma. Ainda mais por esse A Forma da Água ter vindo logo depois daquele que provavelmente é seu filme mais bem resolvido no aspecto artesanal e estético de seu trabalho (ainda que altamente problemático em quase todos outros): A Colina Escarlate (2015).

The Post (Steven Spielberg, 2017)

GUILHERME W. MACHADO Dentre tantas, uma das habilidades de Spielberg como contador de histórias deve ser reconhecida, poucos cineastas assumem projetos em princípio tão desinteressantes e fazem deles bons filmes. Não com a frequência que ele tem feito, ainda mais recentemente. Sério, alguém queria mais um filme sobre a liberdade da imprensa? Ou sobre o embate dessa com o governo Nixon? Não, mas Spielberg fez, e fez bem. Que venham Indiana Jones 5 e o remake de West Side Story!