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Mostrando postagens de outubro, 2016

Os 10 Filmes mais Aterrorizantes do Cinema (Especial Halloween)

GUILHERME W. MACHADO Por mais que o Halloween não seja uma data simbólica aqui no Brasil, em termos cinematográficos ainda é um momento muito específico e que demanda alguma atenção. Ano passado eu fiz uma lista bastante genérica, cujo objetivo era pontuar alguns filmes de terror que bem representassem diferentes rumos do gênero. A ideia agora é lançar uma lista nova a cada Halloween, adotando em cada uma um novo critério de seleção. Pra esse Halloween 2016, escolhi os 10 filmes que considero mais assustadores do cinema. Vale ressaltar que medo é uma coisa muito pessoal e, no meu caso, o que mais me impressiona é justamente o quanto um filme pode ser perturbador, muito mais do que a quantidade de sustos que ele detém (que nunca ficam comigo por muito tempo). Justamente por ser um critério bastante pessoal, escrevi uma pequena explicação dos motivos pelos quais cada um desses filmes me impressionou tanto, vamos à lista:

É Apenas o Fim do Mundo (Xavier Dolan, 2016)

GUILHERME W. MACHADO Então... Não é de agora que o Festival de Cannes mantém uma política (não oficial) de promover autores que, às vezes mesmo com muito pouco, já caem no seu agrado. Xavier Dolan é um destes diretores (tal como Jacques Audiard, os irmãos Dardenne, Nuri Bilge Ceylan, Michael Haneke, etc) “adotados” pelo festival francês, e não é difícil perceber que muito em breve o canadense embolsará uma Palma de Ouro. De qualquer forma, isso não quer dizer, necessariamente, que essas escolhas do festival em premiar seus protegidos são sempre ruins, apenas bem parciais – o que eu sinceramente não sei como acontece em termos práticos, pois o júri muda todo ano, mas sempre os mesmos diretores são premiados.

Manchester à Beira-Mar (Kenneth Lonergan, 2016)

GUILHERME W. MACHADO É estranho que Manchester à Beira-Mar esteja cotado com tanta segurança para ir ao Oscar 2017 nas principais categorias. Não é nem que seja muito fora dos moldes, ou vanguardista em qualquer medida, mas me parece um filme muito seco para os padrões dramáticos da academia. Muito contido, inclusive em suas atuações. Enfim, não é um tópico no qual valha a pena se aprofundar, apenas um comentário que pode ser ignorado pelo leitor, então não gastarei mais do que esse primeiro parágrafo tentando especular o que a academia do Oscar pensa ou não. Vamos ao filme.

Personal Shopper (Olivier Assayas, 2016)

GUILHERME W. MACHADO Autoconhecimento pelo medo. Curioso que nesse novo filme de Assayas – fácil um dos maiores diretores franceses vivos – o medo, o horror em si, não serve à plateia, como seria de se esperar num filme de terror, mas sim à personagem de Kristen Stewart. Não que não haja apelo na história de Personal Shopper , pelo contrário, várias questões/recursos do gênero estão em voga aqui, e é especialmente divertido ver como o diretor conseguiu convergir diferentes subgêneros numa peça única. A questão é que nada disso parecer ter sido feito com a intenção de tirar satisfação do espectador, sendo o propósito mais plausível um incomum estudo de personagem que usa o terror como artifício psicológico para abordar questões não materiais.