Guilherme W. Machado O novo filme de Spike Jonze - diretor que fez sua fama dirigindo roteiros de Charlie Kaufman - se vale de uma ótica romântica para suavizar um possível futuro perigosamente distópico. A intenção pode parecer boba; o resultado, entretanto, vai muito além do esperado. A bela história de amor entre um homem solitário (e depressivo) e um sistema operacional - com inteligência artificial - contrasta com um cenário futurista pessimista, ainda que muito bem mascarado, onde a incapacidade de comunicação entre as pessoas cresce cada vez mais.