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Mostrando postagens de abril, 2015

Três Homens em Conflito (Sergio Leone, 1966)

GUILHERME W. MACHADO De tempos em tempos, pra não dizer de décadas em décadas, surgem alguns poucos filmes realmente revolucionários, que mudam a percepção sobre o que já passou e alteram os padrões para o que está por vir. Três Homens em Conflito [1966] é uma dessas obras, um filme que surgiu como o verdadeiro expoente do famoso “western spaghetti” (criado pelo próprio Leone) e do próprio cinema de entretenimento de forma geral. Sergio Leone garantiu, portanto, seu lugar na história do cinema nesse último, e melhor, filme de sua Trilogia dos Dólares (todos estrelados por Clint Eastwood).  

100 Grandes Cenas do Cinema (76-100)

LISTA DE: Guilherme W. Machado Em algum momento de insanidade - não creio que exista outro motivo para tentar fazer algo sabendo de sua impossibilidade - assumi a tarefa de compor uma lista das "grandes cenas do cinema". Começou como uma tarefa menor, comigo planejando uma lista de 15 cenas que seriam escolhas bem pessoais. Conforme a dificuldade foi se fazendo presente, a lista estendeu-se progressivamente, até que aceitasse a impossibilidade de sua contenção e fizesse algo bastante amplo. A versão final ficou então com 100 cenas, que publicarei em 4 partes de 25 cenas, uma parte a cada semana. O problema é que, num número absurdo desses - ao mesmo tempo tão limitado em comparação às milhares possibilidades -, não há como estabelecer um critério de comparação aceitável, uma vez que a mistura é composta por diversos gêneros, épocas e autores que muitas vezes chegam a ser opostos(as).

O Último Ato (Barry Levingson, 2014)

GUILHERME W. MACHADO Alguns meses atrás, Birdman   (clique para ler a crítica) – filme vencedor do Oscar de 2015 – estreou nos cinemas brasileiros, causando bastante discórdia tanto na crítica (havendo divergência inclusive aqui no blog) quanto no público. Semana passada, o novo – e, espero eu, o último – filme de Barry Levinson, O Último Ato , mostra, a partir de um ponto de partida de trama extremamente semelhante, o quão ruim Birdman poderia ter sido nas mãos de um artista menor que Iñarritu (que, convenhamos, não é nenhum gênio).

O Ano mais Violento (2014)

GUILHERME W. MACHADO A cidade de Nova York, coberta pela neve e pela violência, se estabelece como um cenário improvável da luta pela vitória, pelo sucesso do “american dream”, de Abel Morales. É esse tipo de paradoxo que O Ano mais Violento explora ao longo de sua projeção. J.C Chandor ( Margin Call , Até o Fim ), um dos cineastas mais notáveis do momento, faz um trabalho de atmosferização invejável, alternando entre a hostilidade e a elegância dessa grande cidade neste ano de 1981, registrado como um de seus anos mais violentos.

Kill Bill (Quentin Tarantino, 2003/2004)

GUILHERME W. MACHADO A esta altura não é difícil dizer – para a decepção da forte base de fãs de Pulp Fiction – que Kill Bill é o filme que melhor ilustra a carreira de Quentin Tarantino. Difícil mesmo é dizer que Kill Bill é o filme mais representativo de toda década de cinema na qual está inserido: a primeira do século XXI. Mais difícil ainda é dizer isso e ainda tentar explicar os motivos que levam a essa absurda declaração num simples texto (quando tal posto deveria idealmente ser justificado através de um artigo de páginas e páginas), mas é o que tentarei aqui, então já peço desculpas antecipadas pela duração do texto, que paradoxalmente é muito grande para uma postagem na internet e muito curto para o que tenta abordar. Antes de mais nada: ação é cinema. Os esnobes do “cinema arte” que me perdoem – ou também que não perdoem, de nada adianta chorar apenas por ídolos mortos –, mas a verdade é que não há gênero mais essencialmente cinematográfico do que a ação. Não é uma q