LISTA DE: Guilherme W. Machado
Seguindo meu fútil exercício - uma vez que é impossível resumir um cinéfilo com apenas 50 obras - de atualizar meu Top 50 a cada semestre, lanço aqui a lista mais recente. As mudanças, como geralmente ocorrem, são pontuais. O grosso da lista segue inalterado - não poderia ser diferente, caso contrário eu seria uma pessoa de gosto extremamente volátil -, mas sempre acho interessante observar certas transições (é por esse motivo que atualizo a lista a cada semestre, oras). O célebre Cidadão Kane [1941], por exemplo, entrou pela primeira vez, não porque eu não gostasse do filme antes - ok, teve uma época em que eu o rejeitava um pouco - mas sim porque fica cada vez mais inevitável, conforme eu vou reassistindo-o, reconhecer o quanto gosto dessa obra. Não seria digno de mim como cinéfilo negar na minha lista obras como Cidadão Kane, Casablanca, O Poderoso Chefão, Um Corpo que Cai, apenas porque são tão "mainstream", assim como não o seria [digno] caso incluísse-as pelo mesmo motivo. Todos filmes aqui selecionados - com base em muito esforço e sacrifício, diga-se de passagem - são especiais para mim de alguma maneira, obras que posso assistir incansáveis vezes e sempre adorá-las. Sem mais delongas (tecerei mais alguns comentários à respeito da lista abaixo da mesma), aqui vai:
Sherlock Jr. [Buster Keaton, 1924]
A Regra do Jogo [Jean Renoir, 1939]
O Grande Hotel Budapeste [Wes Anderson, 2014]
Entre outras mudanças notáveis: parei, finalmente, de lutar contra o impulso de colocar Batman - O Cavaleiro das Trevas entre meus favoritos, pois ele é sem dúvida um filme extremamente marcante para mim e considero-o - sem vergonha alguma em reconhecê-lo - um filmaço. Outra mudança ocorreu, comparada à minha ultima lista lançada, com a saída do maravilhoso Rashomon [Akira Kurosawa, 1950] para a entrada de A Mulher da Areia [1964]. Não posso dizer que são filmes precisamente semelhantes, são de diretores diferentes, épocas diferentes e até de estilos cinematográficos diferentes, compartilham apenas a mesma pátria, mas acho válido promover um certo rodízio entre grandes obras quando faço essas listas e, infelizmente, alguém tem que sair para alguém entrar. Já é por hábito que eu busco ter pelo menos um filme recente (dos últimos dois anos) citado quando faço essa lista, no cenário atual, não consigo pensar em filme mais merecedor que o genial O Grande Hotel Budapeste [2014], ainda que teria outros belos títulos que pudessem ocupar a vaga.
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