TEXTO DE: Matheus R. B. Hentschke
2015 pode ser considerado o ano dos blockbusters: Os
Vingadores: Era de Ultron, Missão Impossível: Nação Secreta, Jurassic World e
outros. Apesar de a maioria deles ter sido capaz de garantir uma bilheteria bilionária,
isso não representou uma proporcionalidade em relação a qualidade, tendo filmes
com números exorbitantes, todavia de méritos duvidosos.
Além disso, houve aqueles blockbusters que não só
apresentaram uma qualidade abaixo do esperado, mas como também falharam em
conquistar uma bilheteria razoável, como foi o caso de Exterminador do Futuro:
Gênesis. Após o fracasso na sua renda doméstica, especulou-se que as vindouras
continuações da saga apocalítica tinham sido adiadas por tempo indeterminado, o que parece ser falso.
Dana Goldberg, Chefe Criativa da Skydance, pronunciou-se
sobre o caso: “Eu não diria que está em stand-by, mas sim sofrendo reajustes.
Nós (da Skydance) estamos realmente felizes com os números da bilheteria
internacional. Se nós queríamos ter ido melhor na bilheteria doméstica? Com
certeza. Felizmente, vivemos em um mundo onde os números domésticos tinham importância 10 ou 15 anos atrás- eu não estou dizendo que não é importante, pois é- mas
nós temos que pensar em um mercado globalizado”. Após isso Goldeberg ainda disse: “Procuraremos informações e
pesquisas, faremos um estudo mundial, além de falar com o público sobre o que
eles realmente gostaram e sobre aquilo que não funcionou para eles, para que
nós possamos colocar a franquia na direção certa”.
Verdade seja dita, Hollwood está com uma desagradável tendência
de buscar heróis do passado para fazer continuações e reboots por vezes
desnecessários ou redundantes, como no caso de Exterminador do Futuro, que após
os filmes 1 e 2 de James Cameron, só decaiu. Um fato que vem a comprovar essa
teoria, é que depois de ter protagonizado Exterminador do Futuro: A Salvação,
Christian Bale, ator da Trilogia Cavaleiro das Trevas e Psicopata Americano,
afirmou que o longa “não deu certo”, fala que nem precisava ser dita, visto que
era evidente.
Apesar de A Salvação ter conseguido ser tão sem rumo e ter
desvirtuado a essência da série de filmes criadas por Cameron tanto quanto Exterminador
do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas, nunca se imaginou que havia mais solo para a franquia cavar e,
consequentemente, afundar-se. Exterminador do Futuro: Gênesis comprovou mais
uma vez o dito popular: “o que está ruim só pode piorar” e configurou-se como
um filme mais sem sentido e mais recheado de referências vazias aos bons tempos
da franquia do que A Salvação e A Rebelião das Máquinas juntas.
Em um exercício de imaginação, se Dana Goldberg viesse com essa pesquisa ao CriticPop e eu
tivesse a chance de respondê-la, seria por meio de perguntas: como consertar
uma franquia em que o principal herói do futuro, John Connor, que motivava todos os
acontecimentos da saga, foi transformado no vilão? Mais viagens no tempo para
consertar? Quanto ao T-800, interpretado pelo Arnold Schwarzenegger, como torná-lo
novamente em um personagem de respeito e não mais a mascote da Sarah Connor em
que foi feito durante todo esse novo filme? De fato, infelizmente a franquia só tem um
caminho justo a seguir: receber seu merecido e tardio descanso, a fim de sair
ainda com alguma dignidade para a história do cinema ou continuar a padecer com
continuações infindáveis e redundantes.
E você? Qual a sua opinião? Exterminador do Futuro: Gênesis
foi bom ou precisa acabar? Deixe seus comentários abaixo.
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