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Top 15 - Melhores Filmes de 2015


GUILHERME W. MACHADO

Esses tops anuais sempre são acompanhados (comigo, pelo menos) de alguns dilemas internos. Todos filmes são razoavelmente recentes na memória, sendo que somente alguns eu tive o privilégio de rever, e por isso acabam sendo julgados muito na empolgação. O que tende  a ocorrer - e não vejo remédio para isso - é que no futuro, com alguns anos de perspectiva sobre os filmes, eu olhe para essas listas e me arrependa da forma como as ordenei, ou mesmo de algumas escolhas. Isso é algo inevitável (não à toa que se aplaude os grandes filmes por resistirem ao teste do tempo) e que acaba somente servindo de desculpa para meus desagrados com o sistema de rankeamento - amo fazer listas no que diz respeito à escolha dos filmes, mas odeio ter que colocá-los em ordem. De qualquer forma, esses são os filmes que mais gostei lançados nos cinemas brasileiros em 2015:




15. Whiplash [Damien Chazelle, 2014]


14. O Ano mais Violento [J.C Chandor, 2014]


13. La Sapienza [Eugène Green, 2014]


12. Acima das Nuvens [Olivier Assayas, 2014]


11. Corrente do Mal [David Roberts Mitchell, 2015]


10. Birdman [Alejandro González Iñarritu, 2014]


09. Sono de Inverno [Nuri Bilge Ceylan, 2014]


08. Sicario [Denis Villeneuve, 2015]


07. Expresso do Amanhã [Joon-ho Bong, 2013]


06. Mia Madre [Nanni Moretti, 2015]


05. Um Amor a Cada Esquina [Peter Bogdanovich, 2014]


04. A Visita [M. Night Shyamalan, 2015]


03. Phoenix [Christian Petzold, 2014]


02. A Pele de Vênus [Roman Polanski, 2013]


01. Vício Inerente [Paul Thomas Anderson, 2014]


Breves considerações:

- Vício Inerente e A Pele de Vênus considero praticamente como um empate da primeira posição, apenas me inclinei suavemente para o filme de Paul Thomas Anderson por ter sido o filme que mais cresceu para mim durante o ano (certamente a melhor revisão que tive na temporada);
- Um Amor a Cada Esquina foi incluído nos 48 do segundo tempo (só consegui vê-lo essa semana), mas não pude deixar de colocá-lo numa posição alta, é o mais divertido resgate da screwball comedy que vi em anos, e um excelente retorno de Bogdanovich ao cinema;

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