GUILHERME W. MACHADO
20. O Regresso (Alejandro González Iñarritu, 2015)
19. Café Society (Woody Allen, 2016)
18. Carol (Todd Haynes, 2015)
17. O Demônio Neon (Nicholas Widing Refn, 2016)
16. Anomalisa (Charlie Kaufman, 2015)
15. Boi Neon (Gabriel Mascaro, 2015)
14. Amor & Amizade (Whit Stillman, 2016)
13. Ave, César! (Joel Coen, Ethan Coen, 2016)
12. Batman vs Superman (Zack Snyder, 2016)
11. Os Campos Voltarão (Ermano Olmi, 2014)
10. Certo Agora, Errado Antes (Hong Sang-soo, 2015)
09. Sully (Clint Eastwood, 2016)
08. Steve Jobs (Danny Boyle, 2015)
07. Jovens, Loucos e Mais Rebeldes! (Richard Linklater, 2016)
06. Creepy (Kiyoshi Kurosawa, 2016)
05. A Assassina (Hsiao-hsien Hou, 2015)
04. Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016)
03. O Cavalo de Turim (Béla Tarr, 2011)
02. Elle (Paul Verhoeven, 2016)
01. Os Oito Odiados (Quentin Tarantino, 2015)
Começando pelo começo, O Regresso, embora tenha causado alguma empolgação no lançamento, muito por conta de um par de cenas antológicas, foi um dos filmes cujo impacto mais diminuiu ao longo do ano, a tal ponto que quase não entrou nessa lista. A verdade é que esse foi um dos anos mais fracos – provavelmente o mais fraco – dentre os "2010s" em termos de cinema, o que contribui para a entrada de filmes que, embora não sejam fracos, não teriam entrado, por exemplo, na lista de 2014 ou 2015. Café Society foi outro filme que causou empolgação no lançamento, mas que perdeu força com os meses. Sua baixa posição se dá pela necessidade de revê-lo, embora eu creia que gostarei de novo e provavelmente me arrependerei dessa baixa colocação.
Batman vs Superman, Steve Jobs e Ave, César! são filmes sobre os quais me encontro como um dos únicos apoiadores – se não for, de fato, o único. O primeiro, embora verdadeiramente problemático em alguns aspectos, é um projeto bastante ambicioso, com contornos interessantes sobre poder e a própria mitologia dos heróis, e que ousou sair um pouco da zona de conforto que é aquela fórmula "garantida" de filmes de super-heróis leves e divertidos. Steve Jobs é um filme extremamente ágil, absurdamente bem escrito e atuado, moderno (principalmente no segmento digital do filme), e também bastante ambicioso ao abraçar a geração digital a partir de uma das figuras mais marcantes da mesma. Ave, César! é a nostálgica, leve e inteligente visão dos irmãos Coen sobre a Hollywood clássica, ao mesmo tempo uma sátira e um tributo, que incorpora, numa proeza que considero impressionante, quase que a totalidade dos gêneros de cinema dominantes na dita época de ouro.
Os 11 primeiros praticamente se escolheram sozinhos, vejo um abismo de distância entre eles e o restante da lista. Pela primeira vez, o filme que eu vi no primeiro dia do ano (01/01/2016) foi aquele que permaneceu até o fim como o melhor, sobrando. Elle, O Cavalo de Turim, Aquarius, A Assassina e Creepy estão entre os outros gigantes da temporada, filmes que carregam marca dos seus realizadores e que não hesitam em ter sua própria identidade, na contramão do mainstream (e quanto a mainstream, me refiro ao mainstream pseudo-artístico também dos Filho de Saul ou Animais Noturnos da vida). O novo Linklater, o Sully de Clint, o Sang-soo e a pequena pérola italiana, Os Campos Voltarão, também não ficam atrás e não são menos que ótimos, filmes cuja presença defenderei ferrenhamente se necessário.
De restante, ficam 9 obras que me agradam, algumas mais, outras menos, todas com alguns defeitos, mas de saldo geral positivo. Suas qualidades variam, algumas pela apuração estética, outras por sagacidade, leveza e alto potencial de entretenimento, algumas até pela intriga que me causaram. São bons filmes, mas que poderiam ter ficado de fora num ano mais competitivo.
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