Diretor: David Ayer // Roteiro: David Ayer// Elenco Principal: Brad Pitt, Jon Bernthal, Shia LaBeouf, Michael Peña, Logan Lerman// Gênero: Ação/ Drama/ Guerra // Nacionalidade: Estados Unidos, China, Reino Unido // Duração Aproximada: 134 min
TEXTO DE: Matheus R.B. Hentschke
Essa é a estreia da mais nova seção do CriticPop chamada CriticVideo (sim, segunda do ano, a outra foi a Música do Mês). Nessa categoria será postada uma pequena crítica acerca de algum filme visto pelos escritores do blog, acompanhado de algum vídeo referente a película analisada. Tal recurso foi criado após percebermos que, nesse período pré-oscar, se tornou impossível acompanhar todos os filmes da premiação e mais outros que estrearam junto e que são de interesse do público também. Além disso, durante o ano será um recurso valioso o CriticVideo, em virtude dos mais diversos compromissos que se acumulam ao decorrer dos meses.
Sem mais delongas, agora vamos à crítica de Corações de Ferro. A Segunda Guerra Mundial, um dos momentos mais marcantes na história da humanidade, já foi vastamente observada e ilustrada por todos na sétima arte: dos maiores diretores até aos mais pífios na arte de contar histórias. No caso de Corações de Ferro, David Ayer (Os Reis da Rua), diretor da película, não se encaixa exatamente entre os maiores, longe disso. Ayer já apresenta um filme datado desde a sua concepção até a sua atrapalhada execução: o roteiro é recheado de estereótipos, tendo o soldado de origem mexicana que xinga em espanhol (Michael Peña), aquele que reza e conhece todas as passagens da bíblia (Shia LaBeouf), o machão que só sabe desferir palavrões e desaforos (Jon Bernthal), o jovem novato e deslocado que a tudo teme por não ser calejado como os demais (Logan Lerman) e claro, não poderia faltar, o líder que possue um pouco da qualidade de cada um dos componentes do grupo e muito mais (Brad Pitt), constituindo-se em uma verdadeira espécie de semideus. Ainda assim, Brad Pitt não chega a atuar mal, como em seu forçado Aldo Raine (Bastardos Inglórios).
Além disso, os efeitos especiais são assustadoramente mal utilizados, inclusive comprometendo a seriedade do filme, com suas trocas de tiros em que as balas são disparadas no melhor estilo Star Wars, com cores verdes e vermelhas, além de explosões que se assemelham a fogos de artifícios. Em contraste a tudo isso, o enredo recheado de clichês tenta, por diversas vezes, se transvestir de sério, errando redondamente em tal tentativa, como na cena em que todos os soldados do tanque de guerra Fury se reúnem à mesa e começam a ter uma vergonhosa discussão, em um momento que tinha potencial para ser decente. Ainda assim, Corações de Ferro possue uma boa fotografia, que com um tom acinzentado capta um pouco da essência da guerra, méritos a Roman Vasyanov (O Sistema). Enfim, o filme é uma boa pedida para aqueles que querem relaxar sem pensar muito, ou seja, deixando o cérebro de molho, uma vez que o conjunto da obra faz de Corações de Ferro "Uma boa pilhada" (falando sério, sem ironias).
Nota: 5,5
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