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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Labirinto de Mentiras (Giulio Ricciarelli, 2014)

GUILHERME W. MACHADO A época do Oscar vai chegando e junto dela os filmes caça-prêmios, que costumam estrear no Brasil entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Com isso vemos filmes como Labirinto de Mentiras, representante alemão que entrou na pré-lista de 9 filmes estrangeiros da academia: mais um filme alemão sobre o holocausto. Ok, Labirinto de Mentiras até tenta explorar um lado diferente da questão – a memória do povo alemão sobre seu passado sombrio quase duas décadas depois –, mas não consegue se desvencilhar dos vícios narrativos de filmes clamorosamente feitos sob uma fórmula de filme-de-prêmiação, como o britânico O Jogo da Imitação [2014].

Corrente do Mal (David Roberts Mitchell, 2014)

GUILHERME W. MACHADO Apesar deste não ser um ato recorrente por si só, geralmente quando escrevo sobre um filme de terror acabo falando muito sobre minha insatisfação com o cenário atual do gênero. Não pretendo fazer isso desta vez. Corrente do Mal , como todo filme que chega com boa hype, foi alvo de exageros por duas partes dentro da crítica especializada: uma considerou-o uma revolução no gênero, um filme de extrema originalidade; a outra opôs-se justamente à essas afirmações, buscando diminuir o filme ao citar suas influências.

Top 10 - Filmes com Protagonistas Solitários

GUILHERME W. MACHADO Cinéfilos costumam ser loucos por listas. Na verdade nem todos, listas são, aliás, praticamente um "ame ou odeie" no mundo cinéfilo, sem meio termo. Como sou do grupo dos que adoram, me divirto procurando temáticas comuns à filmes que gosto para formar listas. O que acho mais interessante nesse exercício é perceber como um mesmo tema, ou uma mesma característica, pode ser abordado(a) de formas espantosamente diferentes. Nesse caso, a solidão; ela não chega a ser o mote central da maioria dos filmes listados (por isso não coloquei o título de "Top 10 - Filmes sobre Solidão"), mas está enraizada contundentemente em todos os seus protagonistas. De Hitchcock à Refn, passando por Leone, Wilder, Melville, Ray e até Powell e Boetticher (!), cada diretor conferiu sua personalidade ao tema.

Meu Tio (Jacques Tati, 1958)

GUILHERME W. MACHADO Na recente arte que é o cinema – quando a comparamos com as outras, que têm séculos, até milênios, de idade – a modernidade já foi tratada e retratada em muitas ocasiões. Talvez o caso mais célebre seja o clássico Tempos Modernos [1936], de Chaplin, e não sem razão de ser, mas certamente um dos melhores filmes que abordam o tema é Meu Tio [1958], o filme mais famoso do prestigiado Jacques Tati, provavelmente por tê-lo concedido o seu Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1959.

A Visita (M. Night Shyamalan, 2015)

GUILHERME W. MACHADO Deve ser complicado, artisticamente falando, para alguns diretores ter sua personalidade tão em evidência. Chega um ponto em que seus filmes são julgados – pelo menos no nível popular, mas muitas vezes pela própria crítica – pela sua persona pública. Woody Allen sofre disso mais do que qualquer outro, Clint Eastwood experimentou a sensação com Sniper Americano [2014], Lars Von Trier busca se beneficiar disso e acaba transformando-se num bobo da corte, e M. Night Shyamalan sofre por dois extremos: o daqueles que têm alta expectativa de ver outro Sexto Sentido [1999] – filme endeusado desproporcionalmente –, ou o daqueles que acham que o diretor apenas fará filmes como O Último Mestre do Ar [2010].  

Star Wars V - O Império Contra-Ataca (1980)

MATHEUS R. B. HENTSCHKE Star Wars ultrapassou quase todos os limites possíveis na sétima arte. Mais do que ser uma série de filmes bem-sucedidos e ter realizado enormes contribuições em termos de efeitos visuais para o cinema, essa saga se tornou uma espécie de religião entre uma sólida e fiel base de fãs ao redor do globo, sendo quase uma espécie de patrimônio cultural histórico obrigatório. Entretanto, essa space opera só viria a se tornar o fenômeno que é, com as ideias que George Lucas teve para Star Wars V - O Império Contra-Ataca , visto que conceitos como o de Star Wars ganhar a sua forma episódica e de Darth Vader (David Prowse) ser o pai de Luke Skywalker (Mark Hammil) só se deram na criação desse filme.